sábado, 13 de agosto de 2011

Xelare!



Saia do seu corpo! Relaxa minha criança!
A vida é boa, é a porra da gente que complica ela!
Relaxa!
Sinta as ondas que giram esse mundo louco te levando, relaxe!
É isso que vale, relaxe!
Relaxa que...
O clichê do que no final sempre dá certo pode não ser certeiro sempre...
...mas pode ser que nessa funcione!
Relaxe e seja forte, sempre tranquilo e forte!
E... relax baby!
Allan Jofre

Relaxa irmãozinho!


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Dois anos e meio de ênes, ás e tês...


Foi no final de 2008, lembro que depois de 8 meses, de beijos e medo de se falar a verdade, foi feito um pedido tímido, sincero e que era ensaiado desde épocas paralelescas.

Épocas paralelescas, eu um menino cabeludo, meio nojentinho que esnobava uma menininha pequena, de fala moderada e um carinho enorme, que eu não iria reconhecer nestes anos infantis. Entre sexta e oitava série, foi esse o tempo em que nos conhecemos e que fomos terminar este ciclo apenas sete anos depois.

Sete anos depois! Isso mesmo, 7 anos (precisei até escrever em número)! Uma vida inteira se passou, Brasil ganhou mais uma Copa, São Paulo foi Tri Mundial, minha banda In Flow acabou, voltou, acabou de novo, voltou novamente. Eu mudei de endereço três vezes, ela nenhum. Eu Fiz dread, raspei o cabelo, deixei ondulado, raspei novamente, não, ela nunca se quer pintou. Eu namorei, ela namorou, um longo período, e nós sem contato nenhum.

Até que voltamos a nos encontrar, com reuniões de colégio. Em uma dessas reuniões foi inevitável, mas mesmo assim demoraram 8 meses para que “o pedido que se pensou” acontecesse para “o destino se cumprir”.

E já fazem 2 anos e meio! Eu ri, ela riu, vimos juntos o São Paulo ser campeão de Brasileiros, o Brasil perder a Copa, eu mudar para a Zona Leste, ela permanecer na Zona Sul. Eu raspar o cabelo de mês em mês, colocar a primeira calça social e a primeira camisa (para não falar do sapato).

Jarinú, Piquete, Camboriú, Paraty, BH, viajamos por muitos lugares e sempre rasgando sorrisos e abraços. Melhores companheiros de restaurantes e cinemas, melhores companheiros de risadas, melhores amigos. Dois anos e meio (não me decido se escrevo números ou letras), de enês, ás e tês.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Elas estão roubando os lugares até em letras, debaixo do mesmo teto!


É, orgulho em letras da família, aquele que tira onde e trabalha no extra. Acho que nem isso mais poderei me gabar.

Eis que uma mulher, de 15 anos, surpreende todo mundo com um ótimo texto, que grita sentimentalismo, figuras tortas de linguagem e um português no qual até hoje me pergunto se eu sei.
Eis um texto de Ana Clara Jofre, irmã que se destaca dentro do mesmo teto de um jornalista que demonstra uma boa inveja!

"Por que será que o mais difícil e o mais perigoso sempre me atrai? Não tenho afeição à normalidade, a mesmice. O estranho e o diferente sempre vão me chamar atenção, sobretudo. O problema disso é que você sempre acaba se machucando mais, se magoando mais, porque está vivendo o desconhecido. É como um tiro no escuro, você nunca sabe o que vai acontecer. Às vezes você acha que o que você quer está em suas mãos, poderia claramente senti-lo, mas ao mesmo tempo você percebe que ele está tão longe que mal poderia enxergá-lo. Tudo é muito relativo, depende dos olhos de quem vê. Há quem ache que estamos próximos, há quem ache que nem nos conhecemos, mas tudo o que eu vejo é um escuro, um breu sem resposta para as inúmeras perguntas, gritos e pedidos. Paciência para as respostas eu sempre tive, já me acostumei a isso, assim como esconder sentimentos, disfarçar as emoções, fugir do que eu realmente queria e evitar as respostas que eu sabia que estavam bem na minha frente. Isso é um estado cômodo para os que me conhecem superficialmente, mas apenas os que me conhecem de verdade conseguem perceber minha tristeza apesar do sorriso em meu rosto e o barulho em minha mente apesar do silêncio, barulho consequente ao seu comportamento, suas respostas mal ditas, meio faladas, incompletas, barulho vindo de seu silêncio. Se deixar esquecer tudo talvez seja a melhor solução, mas não seria o mais fácil, eu poderia tentar mentir para o mundo, com sorrisos de mentira e falsas suposições, mas eu não poderia enganar ao principal, a mim mesma. Por mais que eu tentasse, e até conseguisse por um tempo, sei que sempre faltaria uma coisa, um pedaço do quebra-cabeça. Quebra-cabeça, aliás, seria o melhor termo para definir o que eu gosto, estou sempre tentando encaixar uma peça na outra, e apesar de várias tentativas falhas, sempre continuo de cabeça erguida para a próxima tentativa. Dizem que se consegue as coisas tentando, errando, caindo, levantando e seguindo em frente, que não há felicidade sem sofrimento e é nessa parte que eu volto a minha teoria da paciência, minha inegável paciência. Já disse vários nãos por sua causa, muitas vezes a contragosto, mas nunca recebi um não seu, nem se quer um sim, sempre recebo as respostas às escuras, indiretamente e pior que um não é a dúvida de um sim. Algo me disse que eu iria sofrer, mas como já citado, o perigo e o desconhecido me atraem. Já tentei desistir, eu tento parar e sei que continuarei tentando, futilmente, mas depois não poderei falar que não tentei. Talvez eu não sofra por sua causa, mas sim pelos os que estão a sua volta. Inveja, vingança, maldade, tudo está relacionado ao seu oposto. Mas no final eu me deixo levar pelo destino, o que tiver de ser será, se não foi é porque não tinha de ser, o tempo é o melhor remédio para as decepções, também porque eu não guardo mágoas, penso que cada um responde por seus atos. E é assim, caindo e levantando, quebrando e reconstruindo, perdoando e sendo perdoada que eu continuo sempre encarando o barulho ensurdecedor do silêncio que fica entre nós, a ausência de respostas para nossas perguntas e as coisas não ditas que ficaram apenas em sonhos e pensamentos de cada um, tentando encaixar as peças do meu estranho quebra-cabeça."


É! Até estilo na pontuação a menininha tem!

Boas viagens numéricas Clara!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

De vez enquando entendo o porquê que algumas músicas fazem sucesso


Já zapeou por algumas rádios populares por aí e se deparou com o amor aflorado escancaradamente, descadadamente, lavadamente e outros mentes que adjetivam este departamento musical?

Faça isso!

Teste, absorva (mesmo que doa) e reflita.

Todos já passaram por dias de rimas fáceis, confortos rápidos e instantâneos. Em um destes raros períodos escrevi uma música simples, direta e que se encaixa em qualquer ritmos destes. Sol junto com dia, nada mais cafona e sem nenhuma dificuldade que isso, segue esta canção em um período de reflexão sobre as rádios populares:


Soledia

Nasceu o dia e eu ainda não acordei

Lá fora o dia mostra tudo que sonhei

A casa vazia, a tarde tranqüila, a noite e eu aqui.

O quadro me inspira, a Lua me guia, e o Sol a vir.

Só peço a você que me mostre o dia, que me dê alegria.

Que me faça esquecer, toda essa agonia, pelo resto do dia, sem você.

O tempo para, todo meu viver.

E o Sol insiste em nascer.

Então me diga o que a gente fez?

O dia está indo embora mais uma vez

Só peço a você que me mostre o dia, que me dê alegria.

Que me faça esquecer, toda essa agonia, pelo resto do dia.

Com você eu posso ser mais feliz, com você meu dia pode ser mais feliz.

Sol e Lua, para o tempo, Lua e chuva, leva o vento, quero ser o teu Sol.

Lua e Sol, apaga o medo, todo medo, vai com o vento, quero ser o teu Sol.

O dia vai indo embora mais uma vez.



É, nem tudo são flores e culturas, algumas são simples sabedoria.

Nada mais clichê para terminar estes números.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Um passeio ao Brasil por sons e palavras


Hoje é um daqueles dias em que a música tomou conta do meu dia, ou na cabeça assobiando estas canções de pouco conteúdo ou no headphone que trilhava ao meio de planilhas de balanços e atualizações de uma área de Comunicação.

Brasil, este foi o local aonde a arte por meio de notas ecoava pela tecnologia frutada da maçã do doutor Jobs. Citarei algumas viagens musicais nestas últimas 24 horas.

O síndico Maia que usava o imperativo para lermos o livro Universo em Desencanto, que descrevia o Rio de ponta a ponta, ou que atacava os diabéticos com seu terrível Chocolate. Teve o cara que é do Ben, que entre violõezinhos tortos e vocalizações desafinamente afinadas, me mostrou que o homem que matou o homem mau era mau também. Este que salvava Jorge e deixava o menino brincar.

Palavras rasgadas de Lira enfeitaram poeticamente alguns bons minutos, o sotaque de Arco Verde, a poesia de Cabral, a guerra entre a Pedra e a Bala, ou até mesmo a covardia da Matadeira. Sem tomar um avião e sim um pequeno bonde, Recife tocou em minha lembrança.

Science, este sim, sabia que a música tem que mudar, porque a música tem que mudar, só simplesmente porque a música tem que mudar. Transitei pela Praiera, pela Cidade, por rios, pontes e Overdrives. Surgiram alguns Contemporâneos, com a orquestra que grita na Ladeira, que conhece o Canto da Sereia e que quer saber do mar, bem e do dia que ainda vai chegar.

Agora sim, não de aeroporto para aeroporto e sim de zepelim me transporto para o cinza de São Paulo juntamente com o sotaque carioca. Essa tecnologia que nos dá o direito de misturar em uma só lista estas duas grandes capitais, acionaram meu repertório de rimas que passaram pela street poesia de Emicida, o sarcasmo de De leve e seu Quinto Andar, e a tradição do rei do Canão e do Brooklin.

Traduções para cada instante, trilha sonora, conforto, revolta ou conformidade. Para todos os credos, costumes e sentimentos existe uma letra e uma melodia. Procure e desperte sua essência.