quarta-feira, 27 de abril de 2011

De vez enquando entendo o porquê que algumas músicas fazem sucesso


Já zapeou por algumas rádios populares por aí e se deparou com o amor aflorado escancaradamente, descadadamente, lavadamente e outros mentes que adjetivam este departamento musical?

Faça isso!

Teste, absorva (mesmo que doa) e reflita.

Todos já passaram por dias de rimas fáceis, confortos rápidos e instantâneos. Em um destes raros períodos escrevi uma música simples, direta e que se encaixa em qualquer ritmos destes. Sol junto com dia, nada mais cafona e sem nenhuma dificuldade que isso, segue esta canção em um período de reflexão sobre as rádios populares:


Soledia

Nasceu o dia e eu ainda não acordei

Lá fora o dia mostra tudo que sonhei

A casa vazia, a tarde tranqüila, a noite e eu aqui.

O quadro me inspira, a Lua me guia, e o Sol a vir.

Só peço a você que me mostre o dia, que me dê alegria.

Que me faça esquecer, toda essa agonia, pelo resto do dia, sem você.

O tempo para, todo meu viver.

E o Sol insiste em nascer.

Então me diga o que a gente fez?

O dia está indo embora mais uma vez

Só peço a você que me mostre o dia, que me dê alegria.

Que me faça esquecer, toda essa agonia, pelo resto do dia.

Com você eu posso ser mais feliz, com você meu dia pode ser mais feliz.

Sol e Lua, para o tempo, Lua e chuva, leva o vento, quero ser o teu Sol.

Lua e Sol, apaga o medo, todo medo, vai com o vento, quero ser o teu Sol.

O dia vai indo embora mais uma vez.



É, nem tudo são flores e culturas, algumas são simples sabedoria.

Nada mais clichê para terminar estes números.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Um passeio ao Brasil por sons e palavras


Hoje é um daqueles dias em que a música tomou conta do meu dia, ou na cabeça assobiando estas canções de pouco conteúdo ou no headphone que trilhava ao meio de planilhas de balanços e atualizações de uma área de Comunicação.

Brasil, este foi o local aonde a arte por meio de notas ecoava pela tecnologia frutada da maçã do doutor Jobs. Citarei algumas viagens musicais nestas últimas 24 horas.

O síndico Maia que usava o imperativo para lermos o livro Universo em Desencanto, que descrevia o Rio de ponta a ponta, ou que atacava os diabéticos com seu terrível Chocolate. Teve o cara que é do Ben, que entre violõezinhos tortos e vocalizações desafinamente afinadas, me mostrou que o homem que matou o homem mau era mau também. Este que salvava Jorge e deixava o menino brincar.

Palavras rasgadas de Lira enfeitaram poeticamente alguns bons minutos, o sotaque de Arco Verde, a poesia de Cabral, a guerra entre a Pedra e a Bala, ou até mesmo a covardia da Matadeira. Sem tomar um avião e sim um pequeno bonde, Recife tocou em minha lembrança.

Science, este sim, sabia que a música tem que mudar, porque a música tem que mudar, só simplesmente porque a música tem que mudar. Transitei pela Praiera, pela Cidade, por rios, pontes e Overdrives. Surgiram alguns Contemporâneos, com a orquestra que grita na Ladeira, que conhece o Canto da Sereia e que quer saber do mar, bem e do dia que ainda vai chegar.

Agora sim, não de aeroporto para aeroporto e sim de zepelim me transporto para o cinza de São Paulo juntamente com o sotaque carioca. Essa tecnologia que nos dá o direito de misturar em uma só lista estas duas grandes capitais, acionaram meu repertório de rimas que passaram pela street poesia de Emicida, o sarcasmo de De leve e seu Quinto Andar, e a tradição do rei do Canão e do Brooklin.

Traduções para cada instante, trilha sonora, conforto, revolta ou conformidade. Para todos os credos, costumes e sentimentos existe uma letra e uma melodia. Procure e desperte sua essência.