quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ecólogos alertam os perigos, mas sociedade não ouve.


Allan Jofre

Há muito tempo vemos e ouvimos nos mais diversos meios de comunicação as pessoas falarem do aquecimento global, da devastação da Amazônia e de fenômenos que são conseqüências da ação do homem na natureza. E muitas dessas informações são estudadas e alertadas pelos ecólogos e ONGs, mas passam despercebidas pela sociedade, sem ter um destaque ou uma preocupação que seja maior que o jogo de futebol da rodada ou o capítulo da novela do dia anterior.

A ONG Greenpeace chama a atenção da população para a importância da preservação e do perigo do aquecimento do planeta para a própria sociedade. Em entrevista, um ativista do grupo, que não quis se identificar por uma questão de “unidade múltipla” do Greenpeace, diz que o alerta deve partir das conseqüências diretas já que falar do próximo não mobiliza a sociedade atual. No dia 4 de Abril desse ano membros da organização estenderam uma régua de medição do nível do mar na praia de Copacabana, para mostrar a gravidade e o grau dos danos que já foram causados pelo aquecimento, e que o Rio de Janeiro é uma área muito vulnerável a essa elevação. Além do Rio de Janeiro a Amazônia também é bastante vulnerável e pode sim ver sua grande parte se tornar cerrado, diz o cientista Carlos Nobre, já que o estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) mostra que o aumento médio da temperatura global pode subir de 3 à 8 graus Celsius.

Enquanto os cientistas e ecologistas nos mostram todos esses perigos que estão mais próximos do que imaginamos, o Brasil e a Indonésia trabalham no aprimoramento da vedete do momento, os biocombustíveis, e dizem que eles, além de bens lucrativos, são um bem para o combate ao aquecimento global. No entanto, ONGs ambientais mostram que as queimadas para transformar grandes áreas verdes em plantações para a extração do biodiesel através do óleo de palma causam um dano proporcional ao dos automóveis, sendo a quantidade de dióxido de carbono comparável. Os ecólogos alertam a União Européia para uma diminuição na futura importação do novo combustível, já que quanto maior a procura, mais áreas terão de ser devastadas e queimadas.

Especialistas nos alertam, mas o poder do Estado não se mobiliza para estes fins, como no caso mostrado do Biocombustível e do famoso Protocolo de Kyoto, que visava uma emissão menor de gases poluentes, e não foi assinado por todos os países, exemplificam a falta de zelo com a própria vida. É como a profecia feita pela velha índia Cree a mais de 200 anos: "Um dia, a Terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos na correnteza dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão o seu espírito, mas irâo recuperá-lo para ensinar ao homem branco a reverência pela sagrada terra. Aí, então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos Guerreiros do Arco-Íris.". Enquanto a profecia não chega ao seu fim vemos a ficção virar realidade.

3 comentários:

  1. Em vez de se preocuparem em deixar um mundo melhor para seus filhos, que tal se preocupar em deixar filhos melhores para o mundo?

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  2. Boa pauta para outra editoria.
    Abraço Japa!

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  3. Aí Allanzinhus... Sorte na carreira blogueira meu irmão!

    Você sabe que eu desejo tudo de melhor pra ti né, então

    não tenho nem muito o que falar...rssss

    Saúde e dá-lhe criatividade!!

    Fabinho Pontes

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