quarta-feira, 27 de abril de 2011

De vez enquando entendo o porquê que algumas músicas fazem sucesso


Já zapeou por algumas rádios populares por aí e se deparou com o amor aflorado escancaradamente, descadadamente, lavadamente e outros mentes que adjetivam este departamento musical?

Faça isso!

Teste, absorva (mesmo que doa) e reflita.

Todos já passaram por dias de rimas fáceis, confortos rápidos e instantâneos. Em um destes raros períodos escrevi uma música simples, direta e que se encaixa em qualquer ritmos destes. Sol junto com dia, nada mais cafona e sem nenhuma dificuldade que isso, segue esta canção em um período de reflexão sobre as rádios populares:


Soledia

Nasceu o dia e eu ainda não acordei

Lá fora o dia mostra tudo que sonhei

A casa vazia, a tarde tranqüila, a noite e eu aqui.

O quadro me inspira, a Lua me guia, e o Sol a vir.

Só peço a você que me mostre o dia, que me dê alegria.

Que me faça esquecer, toda essa agonia, pelo resto do dia, sem você.

O tempo para, todo meu viver.

E o Sol insiste em nascer.

Então me diga o que a gente fez?

O dia está indo embora mais uma vez

Só peço a você que me mostre o dia, que me dê alegria.

Que me faça esquecer, toda essa agonia, pelo resto do dia.

Com você eu posso ser mais feliz, com você meu dia pode ser mais feliz.

Sol e Lua, para o tempo, Lua e chuva, leva o vento, quero ser o teu Sol.

Lua e Sol, apaga o medo, todo medo, vai com o vento, quero ser o teu Sol.

O dia vai indo embora mais uma vez.



É, nem tudo são flores e culturas, algumas são simples sabedoria.

Nada mais clichê para terminar estes números.

Um comentário:

  1. Há! E tem um texto de uma peça de teatro que participei que fala exatamente o oposto e é demais tb. Veja:

    “Pelo amor de Deus, só me abandone de noite
    Se quiser viajar sem mim, se ficar louca por outra pessoa,, ou até se quiser visitar sua família e não me levar, vá de noite.
    Nunca, mas nunca mesmo me deixe de dia.
    Não vá me expor há um só segundo aos camelôs gritando, ao sol a pino, à modernidade clara.
    Fica comigo mesmo sem querer só até às seis da tarde...
    Não me deixe sozinho com as mulheres gordas no supermercado, os senadores atrasados, as lanchonetes rapidinhas.
    Agora... de noite, pode ir. Eu e os meus fantasmas, apesar de saudosos, sobreviveremos à sua falta.
    Noturnos. Assim seja.”

    Sensacional!! Me bateu saudade. Texto da família Montenegro - Deto e Oswaldo.

    Beijos!

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